sábado, 17 de abril de 2010

Mês da Mentira

Belo Horizonte, 10 de Abril de 2010
Mês da Mentira
Desmatam tudo e reclamam do tempo, que ironia, já escutei em uma música.
“Nossa atitude pode mudar o mundo”, e o mundo quer? Não é o mundo responsável por nossas atitudes?
Pilhas reciclem!
Reciclem pilhas de madeiras clandestinas ou mesmo aquelas preservadas. Preserve o verde, preserve o vermelho-fogo das matas nos olhos daqueles que com um sorriso amarelo de “a minha empresa faz”, faz novos grãos, novos pães, faz mais dinheiro cultivando a falta de sabor em menos tempo e em frutos maiores.
Matem seus netos. Não de desgosto, mas sim de um sofrimento silencioso, repleto de tudo que ele nunca viu e verá, com o calor que você ajudou a criar, e uma chuva de valores que não pode ser prevista.
Crie a tecnologia do ano, para lembrar a sua existência como um nome a mais em relatórios automáticos do seu notebook.
Envolva sua ampla rede de “amigos” com o desejo de sentir um cheiro. Não esqueça uma frase de impacto, para toda sua lista pensar profundamente que não te conhece men um pouco, e que aquilo e reflexo do que você nunca vai viver.
Escreva em siglas, contemple a velocidade. Estude enquanto toma café gráficos e as notícias do dia, atualize-se e leia lembretes periodicamente e some todo tempo que ganhou ao que você deixou de dormir, e veja que amanhã pode mais, que está pouco, que ainda não superou seus limites cardíacos.
Meu coração ainda bate, que bobagem! Hoje já existe cura pra isso.
Cura para saudade de um desatino de ser gente, de poder escolher mudar e rumar para bem longe, deixando no rastro mais saudades, e assim criar um ciclo daquilo que instiga e é invisível, aflora sentimentos e recomeça.
A falta da procura do humano provocam lágrimas insalubres, atos falhos ou mau calculados.
A falta de conceitos próprios criam pré-conceitos: Crias previsíveis, preocupadas com os pensamentos dos próximos e perdendo a personalidade se tornam frágeis, dignas de dó.
Porque não errar? Porque não ser imprevisível?
O erro já foi virtude humana, agora é o que destrói a humanidade.


José Villaça
10/04/2010

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