segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Entre! (Março/2008)

Entre o tudo e o nada,
como toda coincidência,
encontrei o que nada pude falar

pois, tudo foi falado com um olhar.
Entre a distância e a palavra,
falava-se beijos, abraçava-se saudades.
Escondendo um desejo,

aquele, entre a distância da palavra.
Falava de medo, entre a vontade e o nada,
respeitando o que é firme entre o tudo e o nada.
Confundindo a distância que se sente as vezes perto
as vezes um deserto onde se tem tudo, ou nada.

Entre tudo, me coloco diante o abismo que nada posso ver.
Entre saltar ou ficar escolho risco.
Entre ariscar e sofrer fico com o medo.
Entre o abismo e eu tem um risco,
como o fim de um precipício ou inicio de tudo.

Entre o tudo e o nada
falo de medo, desejo e palavra.
mas eu digo tudo,
quando digo que agora não sei falar nada.

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